Vou contar uma história verídica, com nome fictício, pra vocês.
Era uma vez uma cidade onde a tarifa de ônibus custava R$ 3,90.
Joana recentemente voltara a utilizar o transporte coletivo e logo observou que os cobradores costumavam pedir por moedas para facilitar o troco.
As moedas de 10 e 5 centavos eram as mais valiosas para eles, uma vez que eram as que mais utilizavam e, logo, não poderiam ficar sem.
Joana percebeu que a maioria das cobradores pedia por 15 centavos (assim, além de não gastar suas moedas valiosas - de 10 e de 5 - ainda faziam reserva das mesmas e devolviam uma moeda de 25 centavos que não era tão importante, já que a maioria das pessoas parecia não poder ajudar aos cobradores com o troco).
Quando não eram bem sucedidos com o pedido de 15 centavos, alguns cobradores também pediam por 40 centavos, 20 centavos, 1 real... qualquer possibilidade que facilitasse o troco e preservasse seu estoque de moedas.
Notando esse padrão, Joana passou a verificar se tinha moedas (especialmente, 15 centavos) sempre antes de entrar no ônibus. E assim facilitou o troco sempre que possível.
Eis que um dia ela entregou R$5,15 para uma cobradora, feliz em ajudar e aguardando seu troco de R$1,25 (aquelas moedas não tão importantes quantos as de 10 e de 5, lembra?). Mas, para sua surpresa, a cobradora a olhou com cara feia, como se a xingasse mentalmente, e lhe devolveu R$1,10 mais os seus 15 centavos de volta!!!
Joana ficou chocada, porque era como se precisasse ter se desculpado por ter tentado ajudar! Aquele olhar reprovador que recebera parecia estar questionando sua inteligência, além da sua atitude.
A história poderia acabar aqui, com a protagonista frustrada e irritada. Mas Joana não era assim. Joana observava as questões do dia a dia com sua peculiaridade.
Foi então que Joana compreendeu que aquela cobradora não estava tão bem preparada quantos outros; Ela poderia ter limitado, na sua cabeça, aquilo que ela consideraria como uma ajuda vinda dos passageiros. As opções para ela poderiam ser apenas 40 e 90 centavos, por exemplo.
Então Joana se perguntou quantas vezes na vida ela delimitou aquilo que ela queria como ajuda/solução/objetivo e quantas opções ou oportunidades melhores ela deixara passar. Quantas vezes o Universo teria tentado trazer boas situações, pessoas e/ou acontecimentos para sua vida, mas ela não teria sido capaz de enxergar e/ou se abrir por ter determinado um único caminho?
E assim, Joana agradeceu mentalmente aquela bronca silenciosa que levou da cobradora, que agora trazia um novo aprendizado, uma nova perspectiva, para sua vida, E seguiu seu caminho sorrindo.
Fim.
E você?
É capaz de observar a sutileza dos ensinamentos que recebemos diariamente? Ou sai apenas reagindo, sem refletir?
Tem estado aberto(a) às infinitas possibilidades para milagres que o Universo pode te trazer? Ou tem deixado sua mente restringir suas escolhas/experiências?
Espero que este exemplo contribua de alguma forma positiva em sua vida, assim como contribuiu com a de Joana.
Com amor,
Ju
